O metaverso é um espaço virtual compartilhado que busca simular a realidade por meio de dispositivos digitais como a Inteligência Artificial. Nele é possível criar a sua persona e viver uma realidade virtual paralela totalmente imersiva. Este movimento já está impactando o varejo, sua forma de consumir e você, talvez, nem tenha se dado conta ainda.
O dinamismo das novas tecnologias é intenso e segue impactando o modo como consumimos, principalmente, no meio digital. A nova tendência é o Metaverso, que promete revolucionar o mundo dos negócios e alterar o relacionamento entre empresa e cliente.
Com os avatares digitais, será possível fazer compras no shopping, ir a supermercados e até mesmo praticar atividades físicas em um mundo virtual com benefícios no que entendemos como mundo real. Essas interações serão possíveis através de ambientes que já estão sendo desenvolvidos por gigantes da tecnologia como Facebook, Microsoft e a Roblox, que prometem unir o melhor dos dois mundos.
Parece coisa tirada de um roteiro de ficção científica, não é? Mas isso já está acontecendo e você ainda nem percebeu. Vamos contar mais aqui sobre o que é o metaverso, quando ele surgiu e como isto pode impactar a jornada de compra dos consumidores.
o que é o metaverso?
Metaverso é uma espécie de nova camada da realidade que integra os mundos real e virtual. Na prática, é um ambiente virtual imersivo construído por meio de diversas tecnologias, como Realidade Virtual, Realidade Aumentada e hologramas.
Criado por meio da integração de vários recursos digitais, como a realidade virtual, a realidade aumentada e as redes sociais, o metaverso tem como principal objetivo conectar o mundo real e o virtual por meio da imersão total dos usuários.
Assim como a Internet, que em sua chegada, criou uma nova indústria, com novos empregos e mudou o way of life, o metaverso tem potencial para repetir essa história, possivelmente em uma escala ainda maior.
como o metaverso influencia o seu negócio?
Alguns jogos, como GTA e LOL, já mostram um pouco do impacto do metaverso com interfaces capazes de promover shows virtuais com bandas reais para os jogadores. É um novo mundo de possibilidades, onde alguns formatos, como a experiência holográfica, já promovem a interação entre usuários e marcas e vão moldando a nova internet.
De acordo com a Bloomberg Intelligence Unit, o investimento no metaverso pode movimentar mais de 800 bilhões de dólares até o ano de 2024 e marcas como Adidas, Nike e Disney já estão presentes no ambiente.
Mundos virtuais estão sendo criados por diversas marcas, que aplicam uma narrativa completamente interativa, onde usuários podem vestir e utilizar os produtos através de realidade aumentada, ou por seus avatares e muito mais.
A experiência do cliente deverá ser levada a outro nível e isso coloca as marcas em atenção pra não perder oportunidades e continuar inovando sempre. O varejo já vem se posicionando quanto a isso, buscando entregar produtos e experiências de compra de forma interativa e colaborativa, antecipando as tendências do metaverso.
Parece uma realidade distante, mas hoje mesmo você já pode ter acessado o metaverso e nem percebeu, seja através de algum provador online ou alguma outra interação phygital, e se você não percebeu isso, significa que você teve uma experiência no mínimo satisfatória.
a privacidade dos usuários no metaverso
Desde o anúncio desta nova forma de interação da internet, muito tem se questionado sobre o efeito que isso terá sobre os usuários, inclusive no que se refere à privacidade.
A tecnologia Blockchain está muito conectada ao Metaverso. As criptomoedas e NFT’s permitem que os usuários comprem e vendam esses ativos virtuais online, sem fazer nenhum contato físico. As criptomoedas têm sido utilizadas para várias coisas, incluindo a compra de terrenos virtuais, a criação de NFT’s e muito mais. Todas essas tecnologias de blockchain estão criando um metaverso que pode ser experimentado como uma evolução na Internet.
Os planos de um futuro com metaverso possuem uma perspectiva muito otimista, onde a ideia aumentaria a sensação de pertencimento e presença dos usuários que poderiam facilmente realizar, desde reuniões a partir de avatares de realidade aumentada, sentando com colegas na mesma mesa do ambiente virtual, até participar de encontros familiares sem a necessidade de que, para isso, precisassem estar presencialmente nas situações. Mas para isso tudo acontecer algumas questões precisam ser tratadas com cautela, principalmente a do tratamento de dados.
Este novo cenário possibilitará um domínio maior das empresas Big Techs sobre as informações pessoais dos seus usuários a partir da natureza do seu ambiente imersivo e o compartilhamento de dados entre as plataformas da rede, exigirão que os usuários forneçam ainda mais dados.
Desde que o tema privacidade tomou conta dos meios de comunicação e escândalos se tornaram públicos, criou-se a necessidade de uma regulamentação no que se refere à privacidade do usuário, sendo aqui no Brasil, a LGPD.
Mas apesar de o metaverso ainda ser um plano um pouco distante da nossa realidade, é preciso que, o usuário que decidir participar desse mundo virtual, tenha plena consciência de que ficará mais vulnerável no que se refere à sua privacidade e dados pessoais e saiba o quanto estará disposto a correr esse risco.
a tendência first party data no metaverso
Dados são como o novo petróleo: quando manuseados da forma correta, permitem que anunciantes consigam ser mais assertivos, pois são um caminho para obter um conhecimento mais amplo e profundo sobre o consumidor, ao mesmo tempo que oferecem insights para novos produtos e serviços.
First-party data, ou dados primários, é um termo técnico que se refere às informações geradas por uma empresa sobre seus consumidores a partir dos seus próprios canais de venda, pesquisa e promoção, ao contrário do second e do third-party data, cujos dados são disponibilizados por outras organizações. Você vai entender melhor sobre estes dados neste artigo.
O desenvolvimento de modelos de negócio de geração de informações “first-party”, não baseadas em cookies, mais limpas e transparentes vão largar na frente no novo cenário e ditar uma tendência para o que vem por aí com o Metaverso.
o metaverso e as métricas do novo mercado
As empresas já estão de olho no metaverso e como isso pode impactar nos negócios, pensando em novas estratégias para os mercados B2B e B2C e a melhor forma de entrar neste novo mundo para fazer a diferença. E na elaboração de cada estratégia, seja para o mundo real ou para o metaverso, as métricas devem ser contempladas no planejamento.
Não se assuste. Na teoria, as métricas de consumo devem ser as mesmas das quais já estamos acostumados a analisar e otimizar. Pois na prática, os usuários do metaverso deverão interagir com avatares que se assemelham a como os humanos socializam, usando uma versão virtual de si mesmos. Eles poderão dialogar de maneira parecida às plataformas de mídia social atuais, só que com uma experiência muito mais imersiva e realista, especialmente por utilizarem óculos de realidade aumentada, entre outros dispositivos.
O que pode mudar em termos de análise são os dados comportamentais e de engajamento, principalmente, já que estaremos lidando com interações ininterruptas dentro do metaverso, pois os usuários estarão com total predisposição para o consumo.
a economia e as variações dos setores no metaverso
Já existe atualmente uma economia do metaverso construída em blockchain, citado anteriormente, com produtos e serviços. Listamos alguns exemplos de segmentos de mercado que já vêm atuando no metaverso para ilustrar como você e sua empresa podem aproveitar o momento:
música no metaverso:
Cantores e DJ’s já estão realizando eventos em ambientes digitais, e recebendo por isso. O show feito pela cantora Ariana Grande é um exemplo.
publicidade no metaverso:
Proprietários de imóveis construíram outdoors, e passaram a vender esses espaços para jogadores que querem fazer algum tipo de anúncio.
cassino de criptomoedas no metaverso:
Existem cassinos em plataformas de metaverso, onde os gamers podem apostar em jogos de azar e levar – ou perder – algumas criptomoedas.
arte expressada no metaverso:
Artistas virtuais também comercializam suas obras de arte registradas em NFT’s nesses ambientes digitais. Casas físicas de renome, como Sotheby’s, se renderam a esse tipo de negócio.
Muitas coisas ainda podem mudar em relação ao metaverso e a forma como interagimos com as marcas, produtos e serviços. O fato é que a vida, como conhecemos hoje, está prestes a ser revolucionada pela tecnologia mais uma vez.